Regionalidade

G-22: Santo André sobe para
o sexto lugar com remelexo

  DANIEL LIMA - 15/08/2022

A quinta rodada do Ranking de Desenvolvimento Econômico do G-22 (o grupo dos maiores municípios do Estado de São Paulo, exceto a Capital) foi generosa com Santo André.  

O indicador que entrou em cena e que coloca um dos fatores da disputa como atributo classificatório deslocou Santo André do 14º para  o sexto  lugar na classificação geral  e ultrapassou São Caetano, que caiu para o sexto lugar.  

O remelexo foi quase geral quando se colhem os resultados após três rodadas e ao fim da quinta rodada. Mas mesmo obtendo baixíssima pontuação no novo indicador, Paulínia segue na liderança da competição.  

MUITOS INDICADORES  

O Ranking de Desenvolvimento Econômico do G-22 vai contar com mais de duas dezenas de indicadores e está sendo consolidado gradualmente. E em menos de 30 dias será temporariamente suspenso para dar lugar a dados dos dois outros rankings que comporão a disputa geral.  

O Ranking de Desenvolvimento Social e o Ranking de Gestão Pública completarão o circuito que vai se estender por muito tempo, inclusive com constante renovação de dados.  

Desta feita, a quinta rodada do Ranking de Desenvolvimento Econômico abordou a combinação de dois indicadores – PIB Convencional per capita e PIB de Consumo per capita.  

DADOS CONJUGADOS  

Se o PIB Convencional é o retrato da geração de riquezas em produtos e serviços, o PIB de Consumo per capita (com dados da Consultoria IPC, maior especialista na área no País) registra o acumulado de riqueza nos municípios. Em suma, a equação mede o que se poderia chamar de equilíbrio entre um PIB e outro. Ou seja: quanto mais o PIB de Consumo se aproxima do PIB Convencional, mais o Município soma pontos.  

Essa metodologia tem o objetivo de dar alguma estrutura à compreensão dos cromossomos econômicos de cada Município, sempre sob a ótica de resultados por habitante, tratado conceitual que evita distorções pautadas pela heterogeneidade demográfica e suas consequências.  

DOIS EXEMPLOS  

O caso de Paulínia é simbólico, porque arrecada muito (geração de PIB Convencional) mas espalha pouca riqueza internamente em forma de PIB de Consumo. Entre outras razões dessa dissonância é a principal atividade que detém, no setor químico-petroquímico, praticamente monopolístico. 

Santo André, por outro lado, é um exemplo reverso: mesmo com toda a perda industrial ao longo dos anos, resiste de alguma forma porque mais de um terço da população economicamente ativa trabalha em outros municípios.  

Diferentemente do PIB Convencional, o PIB de Consumo contabiliza dados econômicos de salários, rendas e aposentadoria dos moradores locais, não do local de trabalho.   

Veja o Ranking de Desenvolvimento Econômico no indicador de PIB Convencional versus PIB de Consumo per capita, relativos à temporada de 2019:  

1. São José do Rio Preto com PIB Convencional per capita de R$ 40.759,29 mil ante PIB de Consumo per capita de R$ 37.787,85 mil. Participação relativa de 92,71%.  

2. Ribeirão Preto com PIB Convencional per capita de R$ 50.270,98 mil ante PIB de Consumo per capita de R$ 38.417,20 mil. Participação relativa de 76,42%.  

3. Santo André com PIB Convencional de R$ 42.209,54 mil ante PIB  de Consumo per capita de R$ 31.384,50. Participação relativa de 74,35%. 

4. Mauá com PIB Convencional per capita de R$ 34.430,52 mil ante PIB  de  Consumo per capita de R$ 25.335,77 mil. Participação relativa de 73,58%. 

5. Mogi das Cruzes com PIB Convencional per capita de R$ 36.381,52 mil ante PIB de Consumo per capita de R$ 25.591,75 mil. Participação relativa de 70,34%.  

6. Diadema com PIB Convencional per capita de R$ 36.097,90 mil ante PIB de Consumo per capita de R$ 23.617,95 mil. Participação relativa de 65,43%. 

7. Santos com PIB Convencional per capita de R$ 52.509,91 mil ante PIB de Consumo per capita de R$ 32.965,80 mil. Participação relativa de 62,78%.   

8. Sorocaba com PIB Convencional per capita de R$ 54.878,75 mil ante PIB de Consumo per capita de R$ 31.541,72 mil. Participação relativa de 57,47%. 

9. São José dos Campos com PIB Convencional per capita de R$ 60.194,93 mil ante PIB de Consumo per capita de 33.355,92 mil. Participação relativa de 55,41%.  

10. Campinas com PIB Convencional per capita de R$ 54.710,07 ante PIB de Consumo per capita de R$ 28.468,37 mil. Participação relativa de R$ 52,03%.    

11. Taubaté com PIB Convencional per capita de R$ 58.290,80 mil e PIB de Consumo per capita de R$ 30.039,12. Participação relativa de 51,53%. 

12. Piracicaba com PIB  Convencional per capita de R$ 68.843,70 mil ante PIB de Consumo per capita de R$ 35.353,07 mil. Participação relativa de 51,35%.  

13. Sumaré com PIB Convencional per capita de R$ 52.557,85 mil ante PIB de Consumo per capita de R$ 26.550,94 mil. Participação relativa de 50,52%.  

14. Guarulhos com PIB Convencional per capita de R$ 47.249,21 mil ante PIB de Consumo per capita de R$ 23.245,73 mil. Participação relativa de 49,20%. 

15. São Bernardo com PIB Convencional de R$ 60.871,06 mil ante PIB de Consumo per capita de R$ 29.788,51 mil. Participação relativa de 48,94%. 

16. São Caetano com PIB Convencional per capita de R$ 86.062,97 mil ante PIB de Consumo per capita de R$ 37.348,85 mil. Participação relativa de 43,91%. 

17. Jundiaí com PIB Convencional per capita de R$ 112.068.21 mil ante PIB de Consumo per capita de R$ 33.565,65 mil. Participação relativa de 29,95%.  

18. Osasco com PIB Convencional per capita de R$ 117.298,82 mil ante PIB de Consumo per capita de R$ 25.888,64 mil. Participação relativa de 22,07%.  

19. Barueri com PIB Convencional per capita de R$ 192.647,61 mil ante PIB de Consumo per capita de R$ 26.024,48 mil. Participação relativa de 13,51%. 

20. Paulínia com PIB Convencional per capita de R$ 341.552,82 mil ante PIB de Consumo per capita de R$ 27.885,99 mil. Participação relativa de 8,16%.  

Ranking Geral de Desenvolvimento Econômico do G-22 após três rodadas:    

1. Paulínia com 280,80 pontos.  

2. São José do Rio Preto com 237, 12 pontos.  

3. Santos com 234,90 pontos.  

4. Ribeirão Preto com 233,95 pontos. 

5. São José dos Campos, 232,16 pontos. 

6. Santo André com 231,88 pontos.  

7. Campinas com 231,35 pontos. 

8. São Caetano com 224,45 pontos.  

9. Mauá com 216,34 pontos.  

10. Piracicaba com 215,76 pontos.  

11. Sumaré com 214,14 pontos.  

12. São Bernardo com 213,84 pontos 

13. Sorocaba com 209,51 pontos. 

14. Taubaté com 207,53 pontos.  

15.  Mogi das Cruzes com 205,39 pontos.  

16. Diadema com 197,23 pontos.   

17. Jundiaí com 192,23 pontos.  

18. Barueri com 181,83 pontos.  

19. Osasco 175,55 pontos 

20. Guarulhos com 183,00 pontos.  

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