Economia

Empreendedorismo canibal
agrava crise no Grande ABC

  DANIEL LIMA - 14/07/2022

Os incautos enxergam o mundo empresarial do Grande ABC pelas lentas cor-de-rosa da quantidade. Eles são incapazes de ver a qualidade e os dramas individuais e familiares. Acreditar no dogma de que mais empresas significam mais desenvolvimento econômico é uma aberração. O leitor que quer entender a verdade histórica dos fatos tem uma oportunidade de ouro nesta edição.  

Os dados deste século provam que mais empresas significam mais complicações. O canibalismo prevalece e retroalimenta engrenagens enferrujadas de uma economia que regride a cada nova temporada. 

O Grande ABC perdeu o rumo econômico e a sensatez. Alguns iluminados ou pretensos iluminados, que não passam mesmo de prestidigitadores numéricos, lustram as botas de sete léguas de um ilusionismo predador.  

NOVOS 250 MIL  

O Grande ABC de sete municípios que caem pela tabela da geração de riqueza medida pelo comportamento do PIB (Produto Interno Bruto) também neste século, soma quase 250 mil novos empreendimentos líquidos. É uma carnificina comemorada como avanço.  

O empobrecimento que começou nas duas últimas décadas do século passado prossegue. A mobilidade social virou fetiche. A classe rica e a classe média tradicional perdem participação no bolo da população.  

Quem dá corda ao triunfalismo programado ou ao triunfalismo ignorante insere no ambiente regional a expectativa de que fracassos de empreendedores por necessidade são fracassos exclusivamente individuais, ou seja, não teriam nada a ver com o ambiente de competição insana.  

JOGO TUMULTUADO 

A competição que envolve o empreendedorismo privado no Grande ABC é algo como burlar a legislação esportiva e promover um jogo em que, ao invés de 22 marmanjos correndo atrás da bola, se permitem quatro vezes mais espalhados no mesmo gramado.  

Teríamos o caos. A meritocracia individual e as ações coletivas virariam pó. O Grande ABC é um jogo de futebol com 88 jogadores em campo. Sobram canelas empresariais, principalmente entre os pequenos negócios, que são a maioria. 

As quase 250 mil empresas que ingressaram no balanço geral de empreendedorismo no Grande ABC neste século (de 2000 a 2021), segundo dados oficiais do governo federal, são uma ilusão de desenvolvimentismo.  

Mais empresas não significam mais riqueza, como provam os dados do Grande ABC no mesmo período. O PIB Geral fortemente impactado pelo PIB Industrial desabou na região. 

Resultado? Uma quantidade imensa de trabalhadores indústrias se aventurou em atividades empresariais, individuais ou com parceiros especialistas.  

EXPLOSÃO DEMOLIDORA  

Não bastasse a transformação de empregado que virou empreendedor, o Grande ABC também vive a realidade de não dar conta do crescimento da população economicamente ativa, que não encontra emprego de qualidade. E por isso mesmo microempreendedores individuais engrossam as estatísticas de empreendedorismo por necessidade.  

O total de empreendimentos privados no Grande ABC do século passado (1999) não passava de 71.878 nos setores de indústria, comercio, serviços e até agrobusinnes. Ao final do ano passado, eram 320.778 empreendimentos. Um crescimento de 346,28%, representado pelo saldo líquido no período de 248.900 negócios.  

MUNDOS DIFERENTES  

Quem olha para esses dados sem se dar conta do ambiente regional de decadência econômica em forma de depauperação da população pode até acreditar que mais empresas geram mais riquezas. Aberração pura.  

Mais empregos no caso do Grande ABC decadente significa menos possibilidade de sucesso, porque a concorrência além de intensa é predatória.  

Existe uma grande diferença entre crescimento do universo de empreendedorismo num determinado endereço que descobriu a importância de investimentos públicos e privados ao incentivar novos negócios e determinado endereço que chegou à exaustão e perde seguidamente a competitividade para terceiros. Esse é o caso do Grande ABC. 

SALDO FATAL 

Ter saldo líquido de quase 250 mil novos empreendimentos no Grande ABC neste século é um ataque frontal à qualidade da livre-iniciativa. Os anos 1990 provocaram uma explosão de empreendedorismo por necessidade. Naquele período, foram destruídos mais de 100 mil empregos com carteira assinada no Grande ABC. Grandes levas de trabalhadores do setor viraram empreendedores. Aquele choque fez do Grande ABC um laboratório especialíssimo no campo sociológico, com empregados se tornando patrões que tanto combateram como empregados industriais. 

O que se poderia esperar neste século é que o grau de empreendedorismo por necessidade fosse menos cruel. Mas não é o que se registra. O crescimento numérico dos negócios (faltam estatísticas mais precisas sobre os microempreendedores individuais, contabilizados como negócios) é a prova viva de que o Grande ABC não soube lidar com as emergências da derrocada industrial. 

MUITO DESESPERO  

Quem cair na bobagem de acreditar que mais empresas significam mais riqueza certamente vai defender a tese de que a desindustrialização é uma farsa. Afinal, o Grande ABC de 1999 contava com 9.489 empreendimentos do setor, enquanto que ao fim de 2021 eram 48.375, ou seja, crescimento de 409,80%. Nesse período, o PIB Industrial do Grande ABC perdeu tônus tanto em termos relativos (comparativos a outros endereços) como em termos absolutos (para si próprio). Já escrevemos muito sobre isso. 

A explosão de empreendedorismo por necessidade, quando não por desespero, foi maior ainda no setor de serviços. Em 1999 o Grande ABC contava com 29.933 empresas do setor, enquanto ao fim de 2021 o total chegava a 204.572. Um avanço numérico de 583,34%. No comércio, o crescimento foi bem menos, de 110,54%, passando de 32.016 para 67.408 negócios.  

Por Município, a conta é a seguinte, sempre levando a data-base de 1999 e a chegada de 2021:  

a) Santo André -- 74.472 novos empreendimentos, com crescimento de 242,88% e o total de 96.191. 

b) São Bernardo – 79.648 novos empreendimentos, com crescimento de 342,39% e o total de 102.810. 

c) São Caetano – 22.765 novos empreendimentos, com crescimento de 250,80% e o total de 31.842. 

d) Diadema – 31.028 novos empreendimentos, com crescimento de 359,83% e o total de 39.651. 

e) Mauá – 29.778 novos empreendimentos, com crescimento de 530,89% e o total de 35.387. 

f) Ribeirão Pires – 8.729 novos empreendimentos, com crescimento de 293,12% e o total de 11.707. 

g) Rio Grande da Serra – 2.480 novos empreendimentos, com crescimento de 407,05% e o total de 3.090. 

HERANÇA MALDITA 

Para os leitores de agora desta revista digital, sucessora da revista de papel LivreMercado (já são 32 anos desta publicação, portanto), reproduzimos na sequência uma análise que fiz em 2002 (portanto há 20 anos) que dá a dimensão da crise do emprego formal (e de consequentes ondas de empreendedorismo por necessidade) dos anos 1990. As consequências estão neste século. Por isso, festejar quantidade de negócios sem considerar a realidade econômica desses mesmos negócios é agressão coletiva.  

 

Descalabros do governo no

mercado de trabalho regional (IV) 

 DANIEL LIMA - 14/11/2002

 

Para quem que está pegando em movimento o bonde da cirurgia no organismo do mercado formal de trabalho do Grande ABC nos sete anos de governo Fernando Henrique Cardoso, vamos rememorar rapidamente os principais pontos dos três capítulos anteriores para que o desta edição seja compreendido sem dificuldades:   

a) Na faixa acima de 10,1 salários mínimos (de R$ 2.001 em diante, em valores de dezembro do ano passado), o conjunto de municípios do Grande ABC perdeu 85.853 postos de trabalho, passando de 177.044 para 91.261 empregados. Uma queda relativa de 49,48%. Ou seja: o universo dos bens aquinhoados salarialmente desabou de forma impressionante, com imagináveis rescaldos de fissuras sociais e econômicas.   

b) Na faixa popular de até três salários mínimos (R$ 600), o Grande ABC inchou de carteiras de trabalho, passando de 93.305 para 188.044 trabalhadores, com crescimento de 98,62%. Ou seja: proletarizou-se de forma impressionante um mercado de trabalho forjado durante os anos de ouro da indústria automotiva, base de sustentação da economia regional.   

c) Na faixa intermediária de 3,1 a 10 SM (de R$ 601 a R$ 2.000) o Grande ABC praticamente manteve o padrão de empregos formais, pois passou de 228.814 em 1994 para 230.015 em 2001. Ou seja: não perdemos nem ganhamos trabalhadores numa faixa salarial que é incapaz de garantir mobilidade social. 

MAIS 2002    

Dissecadas essas três macrofaixas salariais, invadimos agora a microfaixa do Ministério do Trabalho e Emprego que envolve os profissionais com carteira assinada com mais de 20 salários mínimos, ou seja, mais de R$ 4.001. O que teria acontecido com a elite dos profissionais das mais diferentes áreas que em 1994 estavam empregados no Grande ABC? Que rombo o governo Fernando Henrique Cardoso, fartamente analisado aqui e também na edição de novembro da revista LivreMercado, teria provocado no estrato socioeconômico mais indutor de desenvolvimento econômico gerador de riqueza?   

Sugiro aos leitores que acompanham estas linhas com atenção permanente que se acautelem e preparem o estômago, porque os estragos são imensos. De 60.977 carteiras profissionais de ouro, isto é, acima de R$ 4.001 mensais, sobrou menos da metade: exatamente 29.124. Perdemos 31.853 empregos formais de rendimentos mínimos anuais de US$ 13 mil. É dinheiro demais para os padrões brasileiros.   

MAIS 2002 

O município do Grande ABC que menos sofreu em termos relativos é São Caetano. De 6.848 carteiras de ouro em 1994, último ano do governo Itamar Franco, restaram 5.301 no sétimo ano do governo FHC. A perda relativa de 22,59% esconde distorção que nos próximos dias, como já prometemos, procuraremos esmiuçar: trata-se dos efeitos da guerra fiscal no setor de serviços, que contabiliza empregos formais em São Caetano, mas que, de fato, não passam de registros documentais porque parte dos profissionais atua nas sedes paulistanas das empresas seduzidas pela política tributária do prefeito Luiz Tortorello.  

MAIS 2002   

Acompanhem um resumo do comportamento do emprego de ouro, de mais de 20 salários mínimos, em cada um dos municípios do Grande ABC. Apresentamos, pela ordem, os empregos formais de 1994, a participação relativa no universo municipal, os empregos formais de 2001 e a respectiva participação relativa interna, isto é, no próprio Município:   

a) São Bernardo contava com 30.345 (15,56%) carteiras assinadas com mais de 20 SM em 1994 e caiu para 16.740 (8,97%) no ano 2001 -- queda relativa de 44,83%.   

b) Santo André registrava 11.508 (9,60% de todos os trabalhadores formais) em 1994 e caiu para 3.215 (2,72%) em 2001, ou seja, menos 72,06%.   

c) São Caetano somava 6.848 (10,68%) e caiu para 5.301 (5,60%) no período de sete anos completado em dezembro, com queda de 22,59%.   

d) Diadema reunia 6.297 (7,48%) e caiu para 2.359 (3,22%), com queda relativa de 62,53% no mesmo período.   

e) Mauá contabilizava 4.550 (7,81% de sua força de trabalho) em 1994 e caiu para 1.313 (3,87%) depois do vendaval FHC, ou seja, queda de 71,14%.   

f) Ribeirão Pires tinha 1.384 (7,81%) em 1994 e despencou para 163 (1,18%) sete anos depois, com queda relativa de 88,22%.   

g) Rio Grande da Serra contava com 45 profissionais que recebiam mais de 20 salários mínimos em 1994 (3,50% da força de trabalho) e caiu para 33 (1,48%) sete anos depois, com queda relativa de 26,66%.    

MAIS 2002  

Uma brincadeirazinha (se é possível usar essa expressão para algo tão sério) de multiplicar talvez dimensione melhor o que significam 31.853 empregos de pelo menos R$ 4.001 decepados entre 1994 e 2001.   

Imaginem os emeiados que cada um desses demitidos recebesse exatamente R$ 4.001 (na verdade, apenas uma parte desse contingente de demitidos recebia esse valor). Multipliquem R$ 4.001 por 13 parcelas (os 12 salários mais o 13º) e chegaremos à contabilidade individual de R$ 52.013 por ano de rendimentos brutos. Agora, para que a conta seja realmente fechada, multipliquem esse valor pelos 31.853 empregos destruídos.   

MAIS 2002  

Se sua maquininha de calcular é como a minha, de apenas oito dígitos, esqueça! A elasticidade dos numerais exige que se recorra a software específico que os computadores acondicionam, como sugere uma de nossas assessoras. O número final aparece: R$ 1.656.770.089,00. Traduzindo: um bilhão, 656 milhões, 770 mil e 89 reais de salários brutos que foram para o espaço apenas no ano passado. Daí para cima, porque, como escrevi, colocamos todos os empregos dessa faixa de ouro limitados a R$ 4.001.   

Como se vê, mobilidade social é balela quando se trata da economia do Grande ABC. Não bastassem os empregos de classe média (mais de 10 salários mínimos) que evaporaram na esteira das estripulias da política econômica do governo federal, ainda contamos com transbordantes hordas de desempregados, subempregados, desempregos e subempregados disfarçados de autônomos e autônomos de fato.   

MAIS 2002   

Como é fácil discursar neste País -- e fazer média de acordo com as circunstâncias -- o presidente da República não poderia perder a oportunidade de mencionar a expressão mobilidade social como legado histórico que seu governo manteve ao apontar para o exemplo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.   

Ora bolas, sem qualquer objetivo de desmerecer o novo presidente, até as ferramentas da antiga Villares -- onde Lula perdeu um dedo -- sabem que o ex-metalúrgico não é exemplo coisa alguma de mobilidade social no sentido nato da expressão. Lula da Silva foi fermentado pela mobilidade corporativa -- primeiro de metalúrgico que defendia seus direitos com intensidade invejável, depois como animal político de notório valor. Os metalúrgicos dos tempos de Lula da Silva, e os que vieram depois e que estão empregados, mal passam de classes médias baixas sem futuro dos mais risonhos para si e seus filhos. Os metalúrgicos dos tempos de Lula e de agora, que estão desempregados, subempregados ou viraram autônomos, vivem mesmo mobilidade descendente.    

MAIS 2002    

Voltando ao mapeamento dos salários de ouro de mais de 20 mínimos, nota-se que a perda relativa de postos do Grande ABC no período fernandista chegou a 52,53%. Muito mais que os 30,85% perdidos pela Capital paulista, os 38,72% que abateram Sorocaba, os 28,93% que impactaram São José dos Campos e os 32,58% que atingiram Campinas. Vejam os detalhes desses municípios:   

a) Campinas contava com 19.570 empregos de mais de R$ 4.001 em 1994 (8,44% do total interno de empregados formais) e caiu para 13.199 (5,40%) em 2001 -- uma queda relativa de 32,58%.   

b) São José dos Campos registrava 12.894 empregos de ouro em 1994 (12,42% do total local) e caiu para 9.163 (7,97%) em 2001, com rebaixamento de 28,93%.   

c) São Paulo somava 294.939 (8,40%) e caiu para 203.923 (6,36%), com queda relativa de 30,85%.   

d) Sorocaba reunia 5.111 em 1994 (5,84%) e caiu para 3.132 (3,22%) sete anos depois, com variável negativa de 38,72%.   

MAIS 2002   

A participação relativa dos empregos formais de mais de R$ 4.001 na grade do Grande ABC em 1994 apontava para 6,88% no Estado de São Paulo. Portanto, acima apenas do percentual de Sorocaba. Para cada 100 trabalhadores de carteira registrada de pelo menos R$ 4.001 no Estado em 1994, 6,88% eram do Grande ABC. Sete anos depois a taxa regional caiu para 4,20%, a menor entre os municípios economicamente mais fortes, depois de Sorocaba. Enquanto o contingente de salários de ouro do Estado de São Paulo foi reduzido em 36,19% (de 539.444 em 1994 para 344.212 em 2001), no Grande ABC a queda, como já vimos, chegou a 52,23%. Conclusão: a crise da mobilidade social é muito maior aqui do que em qualquer outro lugar do Estado e também do País. Em termos domésticos e relativos, em 1994 o grupo de assalariados de ouro participava com 11,85% dos empregos formais na região, contra apenas 5,57% sete anos depois.  

MAIS 2002    

Um dos desdobramentos da precarização do mercado de trabalho formal e do gigantismo do desemprego, do subemprego, da informalidade e do profissional autônomo está mais uma vez estampado nas manchetes dos jornais hoje. Caso do Valor Econômico: "Brasileiro torna-se empreendedor por necessidade, aponta estudo". Alguns fragmentos do texto: "O Brasil está caindo no ranking internacional do empreendedorismo e, o que é pior, sobe quando a avaliação é feita a partir do motivo que leva as pessoas a abrir um negócio: necessidade e não por oportunidade. A dificuldade em encontrar trabalho é a motivação de 55,4% dos empreendedores do País, o que dá ao Brasil a maior taxa de atividade por necessidade (7,5%) dos 37 países pesquisados. A pesquisa é feita desde 1999 pelo GEM (Global Entrepeneurship Monitor), instituição criada pela London Business School e pelo Babson College de Boston (EUA). O Brasil participa desde 2000, via IBQP (Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Brasil). O resultado foi apresentado ontem, simultaneamente em Curitiba e Nova York" -- escreveu Miriam Karam, do Valor Econômico.   

MAIS 2002  

Na sequência da matéria, a jornalista lembra que na primeira vez em que foi avaliado, junto a outros 21 países, o Brasil foi classificado como a primeira nação em iniciativa empreendedora. No ano seguinte, já com 28 países participantes da pesquisa, ficou em quinto lugar. Agora aparece em sétimo entre 37 nações.   

Já há algum tempo, na seção Campo Aberto da revista LivreMercado, comentamos exatamente a conclusão a que chegou agora o IBQP:  a sede de empreendedorismo no Brasil é fortemente marcada pela necessidade de enfrentar a catástrofe do mergulho do mercado de trabalho. Como é evidente, o estudo mostra que, de forma geral, o empreendedorismo por necessidade tende a ser maior entre os países em desenvolvimento, "onde as dificuldades de inserção no mercado de trabalho levam as pessoas a buscar alternativas de ocupação".   

MAIS 2002  

Completa a reportagem: "A comprovar a afirmação, apenas três países têm taxas de abertura de negócios por necessidade maior que a taxa de oportunidade -- Brasil, Argentina e China". O presidente da IBQP-PR, Sérgio Prosdócimo, fez um alerta: "Este índice (do empreendedorismo movido pela necessidade) deve servir de alerta para nossa sociedade. O Brasil precisa mudar e rapidamente suas políticas de apoio às micro e pequenas empresas".   

Enquanto o País se esfacela -- e particularmente o Grande ABC -- o presidente FHC discursa para intelectuais internacionais que da missa não sabem um terço. São voyeuristas profissionais.

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