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Esportes

DANIEL LIMA - 14/05/2025

O Santo André estava preso a três alternativas inexoráveis: seguiria como um clube sem capacitação competitiva, se entregaria ao crime organizado que está à espreita ou festejaria a improvável negociação que determinaria a formação de uma SAF. Num lance de sorte que também pode ser de esperança, quando não aposta, decidiu partir para um regime de arrendamento.

Se você entender crime organizado no padrão brasileiro conhecido por todos, pode estar enganado. No caso do Esporte Clube Santo André,  o crime organizado tanto pode ser aquele quanto uma mistura daquele com insuspeitos interessados. Gente que não perde tempo para se tornar ainda mais poderosa.

O fato é que o Santo André acaba de formar uma parceria, uma espécie de arrendamento, para ganhar tempo até que possa cristalizar uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol). Seria uma potencial redenção. 

LONGA ESPERA

Quem acha que o futebol do clube profissional mais tradicional da região é apenas futebol está redondamente enganado. O Santo André é um troféu cobiçado internamente, à falta de investidores externos ou mesmo internacionais. O problema é que investidores internos não são aquilo que se imagina como futuro associativo ou mesmo corporativo de verdade. São a raia miúda de uma atividade, o futebol empresarial, cada vez mais complexo dentro e fora de campo.

Há mais de três anos à espera de ser catalogado juridicamente como SAF, e prejudicado nesse período pelo protelamento decisório da Administração de Paulinho Serra, ao Santo André não resta mesmo saída senão fazer do tempo estratégia. Até porque, pior do que está não poderia ficar. Só se for tomado por gente estranha aos resultados de campo de futebol.

A Prefeitura de Santo André, sob o controle de Paulinho Serra e influenciadores, jamais se preocupou para valer em dar ao Santo André o que é o passaporte potencial à transformação em SAF. Trata-se da concessão de uso do Estádio Bruno Daniel. 

NEGÓCIO EXTENSIVO?

Já escrevi dezenas de matérias sobre isso. Essa dificuldade imposta é a pedra no meio do caminho que torna o Santo André cada vez menos permeável aos desejos de terceiros com lastro. Como não há saída à vista, tudo indica que a decisão do presidente Celso Luiz de Almeida foi partir para a cessão temporária da equipe profissional à disputa da Copa Paulista.

Os investidores entram com tudo em termos de responsabilidades. Desde a montagem do elenco até os compromissos financeiros. Eventuais negociações envolvendo jogadores jovens que serão colocados na vitrine mesmo que modesta, mas que pode ser a primeira escalada a novas equipes, renderiam valores compensatórios ao Santo André.

Não se tem maiores informações sobre o contrato assinado entre as partes. Parece haver critérios de confidencialidade. Sabe-se que a vigência estaria vinculada ao encerramento da participação da equipe na Copa Paulista. Mas nada impediria, conforme o andar da carruagem dos resultados, e das perspectivas, que o Santo André que disputará a Série A-2 do Campeonato Paulista novamente no ano que vem, mantenha ou aperfeiçoe a configuração acertada agora.

SEM TENTÁCULOS

É possível até que o contrato firmado tenha ou possa ter emendas que vinculem a possibilidade de servir como preliminar ao regime de SAF tão pretendido pelo clube. Desde que a Prefeitura libere o uso do Estádio Bruno Daniel. Como o São Bernardo, uma SAF de proprietário único, obteve sem  dificuldades do prefeito Orlando Morando no Estádio Primeiro de Maio.

O que se sabe nos bastidores e nos bastidores o que se sabe quando o assunto é futebol vale mais que os bastidores da política, porque no futebol os atores são menos cuidadosos, é que o crime organizado no sentido tradicional da expressão ou o crime organizado sob novo invólucro e conteúdo, quer o Santo André de qualquer forma.

Para tanto acredita que a trajetória do clube se exauriria até o final desta temporada, já que não teria recursos financeiros para qualquer empreitada que o tornaria  competitivo. O que teria surpreendido esse grupamento é que Celso Luiz de Almeida encontrou um alternativa, mesmo que provisória. E que supostamente não seria o último canto do cisne. Tampouco a domesticação do chamado Ramalhão.

FORMA DE COMPETIR

Assegura-se sem risco de se comprar gato de infiltrados por lebre de salvacionismo que os investidores no Santo André não têm qualquer vínculo com grupos que fazem do futebol gatos e sapatos de negócios. Traduzindo: o crime organizado convencional ou heterodoxo não teria preparado tentáculos para, indiretamente num primeiro momento, ganhar espaço no clube.

O presidente Celso Luiz de Almeida, sempre discreto, afirma que o Santo André encontrou uma fórmula de tornar-se competitivo. O dirigente não faz qualquer comentário sobre o que estaria no entorno do clube em forma de interessados em assumir a agremiação como Sociedade Anonima do Futebol.

O então prefeito de Santo André Paulinho  Serra e o sucessor Gilvan Júnior, que reafirmam governo de continuidade, jamais se pronunciaram sobre a imperiosidade de o Santo André contar com o Estádio Bruno Daniel sem amarras para ganhar musculatura negocial e finalmente poder atender a eventuais interessados.

SEM MERCADO

Eventuais mesmo, porque a demanda pela SAF do Santo André perdeu fôlego com a demora na concessão do Estádio Bruno Daniel. Associou-se a isso o rebaixamento da equipe à Série A-2 do Paulista. Mais que isso: o Santo André não consta da grade de disputas nacionais. De vez em quando aparece na Série D, quase uma loteria em termos de acesso à Série C. Afinal, há uma imensidão de participantes e apenas os quatro primeiros sobem de categoria. E quem não consegue acesso retorna à disputa preliminar no campeonato estadual para tentar chegar de novo à competição. E isso só é acessível a quem disputa a Série A-1.

DEFINHAMENTO CONTÍNUO

Embora siga como maior patrimônio sentimental de Santo André, por conta de uma historia iniciada há quase 60 anos, com marcas de competitividade no principal campeonato estadual do País, além da conquista da Copa do Brasil em 2004, o Santo André perde viscosidade a cada nova temporada.

Num contexto em que futebol e negócios se fundem como ferramentas de marketing que lubrifica o mundo do entretenimento nos gramados, o Santo André está cada vez mais fadado a desaparecer como agremiação esportiva capaz de mobilizar torcedores de gerações mais vividas e principalmente de jovens e crianças. Está, enfim, numa trajetória de aniquilamento esportivo e social. Negar essas constatações que vão muito além de evidencias é menosprezar a realidade.

Como a sociedade desorganizada de Santo André não se tem manifestado favorável ou contrária a praticamente nada que signifique ultrapassar a caixinha dos privilegiados empoderados politicamente, resta ao Esporte Clube Santo André esperar por novos desenhos formais. Virar SAF é a única saída para enfrentar a concorrência cada vez mais potencializada. Inclusive adversários sem pudores que se entregam a investidores sem estofo esportivo.

CONTINUIDADE MESMO

O ideal dos ideais seria o Santo André integrara-se à cada vez mais poderosa rede de grandes conglomerados esportivos, caso emblemático do Bragantino. Emblemático porque o Bragantino era rival costumeiro nos tempos de Segunda Divisão Paulista, no século passado. Até que ganhou o bilhete premiado em forma de Red Bull, integrando do futebol mundializado.

A dificuldade imposta pela Prefeitura de Santo André durante a gestão de Paulinho Serra, e que prossegue com Gilvan Junior, parece ter causado danos programático irreversíveis às aspirações de grandeza do Santo André.

Sair da enrascada de clube que definha e que praticamente vive do passado à espera de uma solução não é algo que entusiasma as novas gerações. Nada se faz para dar densidade à torcida cada vez mais minguante. O canal mais precioso de pertencimento de Santo André, ou provavelmente o único, faz parte de um conjunto de descasos culturais de uma cidade que perdeu muito mais que industrias nas últimas quatro décadas.

UM BREVE HISTÓRICO

Reproduzo na sequência os primeiros trechos, apenas os primeiros trechos, de algumas análises selecionadas entre tantas outras que demonstram a preocupação desse jornalista e de CapitalSocial com o futuro do Santo André. Muito diferente do que pensam as autoridades públicas locais, donas da bola metafórico do Estádio Bruno Daniel. Uma bola que está na burocracia do controle da concessão, não no gramado artificial de Segunda Divisão. 

 

Quando o Santo André vai

se tornar clube-empresa? 

 DANIEL LIMA - 19/08/2021  

O clube mais tradicional, vitorioso e popular do Grande ABC está numa encruzilhada que terá de ser resolvida nos próximos tempos, senão os tempos que se seguirão aos próximos tempos poderão ser desastrosos. Hoje o Santo André é um boxeador que luta para ganhar por pontos, mas sabe que pode ser nocauteado a qualquer momento. O Santo André de dirigentes que fizeram história na região como referências de competência dentro de campo, e também fora de campo como Jairo Livolis ao lançar e materializar a construção do Parque Poliesportivo, vai ter de tomar o caminho que a legislação está se abrindo. Terá de se tornar um clube-empresa para não perecer. Perecer muitas vezes é ter uma trajetória vegetativa.   Não há futuro para quem não adotar mecanismos que mitiguem os efeitos da passionalidade numa atividade culturalmente movida a paixão.     

 

Paulinho Serra promete mais

Santo André no Santo André 

 DANIEL LIMA - 08/11/2021  

Saí de um encontro com Paulinho Serra com a alma lavada. Primeiro: acredito que ele tenha entendido que a distância que nos separa como jornalista e prefeito de Santo André se deve exclusivamente ao fato de que entendo que preciso de motivos matriciais para que a distância se reduza. Segundo: como prova cabal de que existe materialidade e propostas a esse encurtamento, cuja origem é o próprio fazer do prefeito, o titular do Paço Municipal garantiu, de largada, o que chamo de “Mais Santo André no Santo André”. A recíproca de “Mais Santo André no Santo André” é automática, em forma de “Mais Santo André em Santo André”. Vou explicar o simbolismo de “Mais Santo André no Santo André”. Trata-se do futuro do clube mais popular do Grande ABC. Um futuro que envolve os demais clubes profissionais, três dos quais, inclusive o Santo André, integrantes da Série A do Campeonato Paulista, competição estadual mais importante do País.   

 

Santo André segue sinalização

de prefeito para aderir à SAF 

 DANIEL LIMA - 09/11/2021  

A direção do Santo André vai enviar nos próximos dias pedido de informações sobre o montante financeiro de que precisará para contratar consultoria especializada na nova legislação esportiva e consequente negociação com organização de negócio do futebol para se tornar clube-empresa dentro das regras da SAF, Sociedade Anônima do Futebol.  As consultas serão enviadas a pelo menos três empresas do ramo, todas sediadas na Capital. Uma das quais já estaria definida e é conduzida pelos especialistas Carlos Eduardo Ambiel e José Francisco Manssur. Outras duas estão sendo cuidadosamente selecionadas. Ambiel e Manssur participaram ativamente da nova diagramação legislativa do futebol empresarial no País.    

 

Santo André S/A vai virar

realidade após Estadual 

 DANIEL LIMA - 17/11/2021  

Provavelmente será a última competição estadual que o Santo André disputará em forma de clube associativo. Depois de encerrada a Série A do Campeonato Paulista, em abril do ano que vem, deverá ser confirmado o novo formato do Esporte Clube Santo André, que passará a ser denominado Santo André Sociedade Anônima. A decisão está se encaminhando para isso, mas o processo requer alguns meses até ser ratificado.   O Santo André Sociedade Anônima será uma agremiação empresarial que vai atuar oficialmente à parte do clube que se desdobra no Parque Poliesportivo Jairo Livolis, no Bairro Jaçatuba.  Alguns passos importantes já foram dados em direção à nova identidade jurídica e organizacional do Santo André. O Conselho Deliberativo que se reunirá em dezembro ouvirá do presidente Sidnei Riqueto que a definição do futuro da agremiação já está sendo digerida por consultorias especializadas.  Outra significativa decisão já está tomada nos bastidores da Prefeitura de Santo André. O prefeito Paulinho Serra encaminhou solicitação interna para que se analise detidamente modelos de concessão privada em vários municípios até chegar ao mais apropriado ao Estádio Bruno Daniel. O secretário de Assuntos Estratégicos José Police Neto cuida pessoalmente da iniciativa do prefeito. E antecipa que espera atender às demandas dos esperados investidores que assumiriam a responsabilidade de comandar o futebol do Santo André. Police é um dos entusiastas da iniciativa.    

 

Um time de muitos, um time

de todos, eis a saída regional 

 DANIEL LIMA - 06/12/2021  

O Grande ABC conta nestes tempos de futebol como sinônimo de negócios com quatro grandes equipes, consideradas pequenas-grandes, pequenas-médias e pequenas-pequenas quando se tem o calendário e a história do futebol brasileiro como referências. Três desses times (Santo André, São Bernardo e Água Santa de Diadema) vão disputar a Série A-1 do Campeonato Paulista da próxima temporada. O São Caetano passa por rigorosa reformulação que sugere voltar a brilhar. Com tudo isso, não tem mais sentido o futebol do Grande ABC ficar à sombra dos grandes times da Capital.  Para lidar com a realidade nua e crua, até se admite que as quatro equipes fiquem à sombra dos grandes times da Capital, mas não podem ficar à sombra dos grandes times da Capital inclusive no próprio quintal do Grande ABC -- e de forma tão passiva. É preciso reagir.  É o que estamos vivenciando na política, com Paulinho Serra e Orlando Morando invadindo searas do Estado e da União, articulando movimentações que os credenciam a um jogo político mais bem jogado, quem sabe com resultados econômicos e sociais indispensáveis?   

 

Que tamanho têm Ramalhão,

Azulão, Tigre e Água Santa? 

 DANIEL LIMA - 15/12/2021  

Aqueles que não conhecem o futebol da região e também aqueles que pensam que conhecem, além daqueles que acreditam piamente que conhecem, precisam entender o que quero dizer. Que tamanho têm as quatro maiores equipes da região é uma pergunta de difícil resposta, porque não existe resposta, mas respostas. Para tanto é preciso desfilar conceitos. E estabelecer um divisor de águas que leve em conta hierarquias complementares. Uma puxa a outra. Veja quais são as opções para que a resposta seja a mais próxima possível da realidade. Santo André, São Bernardo, São Caetano e Água Santa de Diadema são de que quando se trata de hierarquia no futebol regional, paulista e nacional?  a. Grandes-grandes. b. Grandes-médias. c. Grandes-pequenas. d. Médias-grandes. e. Médias-médias. f. Médias-pequenas. g. Pequenas-grandes. h. Pequenas-médias. i. Pequenas-grandes.    

 

SAF do Santo André depende

de estádio, dívidas e adversário 

 DANIEL LIMA - 10/02/2022  

O Santo André está sob o escrutínio de uma consultoria especializada em tratar o futebol como negócio. A empresa tem experiência suficiente para distinguir o que é melhor para os investidores e também para o futuro da agremiação dentro e fora de campo. A SAF (Sociedade Anônima do Futebol), nova modalidade de clube-empresa que conta com vantagens fiscais, entre outras, possivelmente transformará o Santo André numa equipe mais poderosa. Mas para isso precisa passar por rigorosa sabatina e concorrência. Um dirigente da consultoria especializada que vem trabalhando com a possibilidade de tornar o Santo André uma SAF acredita que o caminho está delineado com perspectivas positivas.  A atuação da empresa não é confirmada pela direção do Santo André. Nada indica que seja um trabalho independente e aleatório, embora também possa ser inicialmente fora da gestão deliberada do clube.  Especula-se que haveria pelo menos um intermediário no clube que repassaria informações contábeis aos investidores. Mas o Santo André nega. Nenhum contrato ainda foi firmado no mercado da bola para diagnosticar o melhor para o Santo André.    

 

Bruno Daniel é do Santo André e

de mais ninguém. Entenderam? 

 DANIEL LIMA - 16/02/2022  

Há um movimento na praça, que chega ou tem origem no Paço Municipal de Santo André, que pretende dar um golpe letal no futebol profissional. Por isso, estamos atentos. E até preparamos um manual de instrução para evitar estragos. Você vai ver lá no fim desta análise que há fundamentação integral no que se segue. Não é torcida organizada. Nem qualquer outra coisa. Está no próprio Paço Municipal a vacina para combater a malandragem. O secretário de Assuntos Estratégicos José Police Neto é o antídoto. Ele a equipe que designou para tratar da transferência de gerenciamento do Estádio Municipal precisam desativar essa bomba.  Espera-se que o prefeito Paulinho Serra se manifeste oficialmente a respeito do que o Paço Inteiro e o entorno do Paço, aquele Paço suplementar que faz pressões para mudar o rumo da história, está cansado de falar: há boi na linha para driblar os interesses do Esporte Clube Santo André.  Não somente os interesses do Santo André, mas da sociedade que ama o Santo André, embora não necessariamente materialize esse amor no próprio Estádio Bruno Daniel. Assim como nem todos os corintianos e palmeirenses, além de são-paulinos e santistas, preencham os espaços dos respectivos estádios.  

 

Prefeito de Sexta Divisão quer

tomar um clube de Primeira 

 DANIEL LIMA - 23/02/2022  

O prefeito Paulinho Serra dirige uma Prefeitura, um Município, de Sexta Divisão no Campeonato Paulista de PIB Per Capita. O Esporte Clube Santo André está entre as 16 equipes da Primeira Divisão (Série A-1) do Campeonato Paulista de Futebol.  O prefeito tucano tem muito a fazer para a correção de uma rota que começou a ser violentamente alterada há mais de 40 anos. Portanto, tem muito a fazer além de obras varejistas que são importantes, mas não mudam o curso da história.  Por isso, Paulinho Serra precisa mandar desativar a artilharia pesada mobilizada para dificultar a história do Esporte Clube Santo André. A concessão do Estádio Bruno Daniel, construído para o Santo André, é o pomo da discórdia e de ambições desregradas.  Ou o prefeito Paulinho Serra aciona as baterias para colocar um fim nisso tudo e deixar o Esporte Clube Santo André cuidar da própria vida, fazer as próprias escolhas sem embaraços e pedras adicionais no caminho, ou vai entrar para a história como algoz do maior patrimônio cultural do Município.    

 

Paulinho Putin quer fazer do

EC Santo André uma Ucrânia 

 DANIEL LIMA - 25/02/2022  

O prefeito Paulinho Serra pode ser chamado circunstancialmente de Paulinho Putin, numa referência explícita ao mandachuva russo que invade a Ucrânia? Claro que sim. Paulinho Putin imagina que o Esporte Clube Santo André é a Ucrânia esportiva da vez. E ensaia uma invasão territorial a pretexto de proteger os contribuintes ou coisa parecida. Até parece que apaniguados do mercado imobiliário sob as asas da Prefeitura são agentes santificados. A Administração do prefeito Paulinho Serra tanto está fazendo para dificultar a concessão do Estádio Bruno Daniel que a possibilidade de o Esporte Clube Santo André adotar a SAF e virar Santo André Sociedade Anônima corre risco. O que poderia ser agilizado possivelmente será retardado.  Ainda não é possível afirmar, mas a tendência da direção do clube é protelar a iniciativa porque já está encontrando resistência de consultorias especializadas em busca de parceiros. O mercado da bola dita o futuro do futebol do Esporte Clube Santo André.  A voracidade do Paço Municipal é um desastre. Seria ótimo se houvesse esse ímpeto com o Desenvolvimento Econômico de quem ocupa a Sexta Divisão no Campeonato Paulista de PIB Per Capita.   

 

Paulinho vai fazer gol de placa

ou vai dar furada monumental? 

 DANIEL LIMA - 04/03/2022  

O prefeito Paulinho Serra tem oportunidade de ouro para consagrar-se no futebol, mesmo sendo perna de pau como este que escreve. O prefeito de Santo André está entre um gol de placa e um furada monumental debaixo da trave do Inacreditável Futebol Clube.   

Tudo depende apenas dele, embora a magnitude do projeto exija participação de inúmeros agentes. Se errar, Paulinho Serra vai pagar caro quando a história do Esporte Clube Santo André for contada a partir deste 2022.  Se acertar, poderá comemorar um gol de placa. Prometo aos leitores que não vou perder o rumo nem o prumo, mas é preciso, para entender essa bagaça, pegar o timão de conceitos básicos para que o prefeito entenda o que o colocaria numa encruzilhada.  Aliás, só existiria mesmo encruzilhada se o prefeito desprezasse o básico.     

 

Santo André analisa a melhor

alternativa para adotar SAF 

 DANIEL LIMA - 15/03/2022  

O Esporte Clube Santo André está confiante na lógica de que o Estádio Bruno Daniel será concedido dentro dos padrões republicanos como representante único e mais que merecedor de uma concessão sem qualquer tipo de restrição. Por isso, a direção ocupa-se do que interessa de verdade: os referenciais que determinariam a transformação em Santo André Sociedade Anônima, conforme determina a nova e vantajosa legislação de clube-empresa. É claro que ainda existe preocupação com o Paço Municipal e o entorno do Paço Municipal à concessão do Estádio Bruno Daniel.  Os dirigentes do Santo André preferem não falar sobre o assunto, mas sabe-se que há movimentação de conselheiros e torcedores para acompanhar atentamente eventuais contratempos.  Muitos dos ramalhinos seguem à espera de posição oficial do prefeito Paulinho Serra, mas até agora nada de efetivo saiu do gabinete do Paço Municipal que possa tranquilizar de vez a agremiação.    

 

Primeiro de muitos e segundo

de todos, eis o EC Santo André 

 DANIEL LIMA - 18/03/2022  

Nos últimos tempos pensei num mote publicitário sem truques e apelações. Um mote que representasse o espírito de transformações que deve pautar o Esporte Clube Santo André ao se tornar Santo André Sociedade Anônima, como se desenha no horizonte mesmo com a intromissão mais que abusiva da Prefeitura de Paulinho Serra. Acho que acertei na mosca. E vou fundamentar.  “Primeiro de muitos e segundo de todos” é mais que uma âncora conceitual, é o próprio futuro da agremiação mais tradicional da região.  As demais agremiações, casos do São Bernardo, do São Caetano e do Água Santa de Diadema, podem seguir a trilha.  Talvez os clubes da região, unidos, não encontrem o arco-íris com facilidade. Mas se trabalharem bem, inclusive com marketing consorciado, tudo ficará menos problemático.    

 

Sabotagem de Paulinho afasta

investidores do Santo André 

DANIEL LIMA - 14/04/2022  

O prefeito Paulinho Serra (e sua turma do barulho) está afastando investidores até então interessados em participar do processo de clube-empresa do Esporte Clube Santo André. O prefeito totalitário tornou complexo o que era compulsório. Nada mais interessante para quem embaralha o jogo do que ser o dono do jogo.  A janela da SAF, Sociedade Anônima do Futebol, se fecha após aberta discretamente. Januária de uma oportunidade de ouro está vendo a vaca da redenção ir para o brejo da esculhambação.   Os leitores vão entender na sequência desta análise que só existirá um responsável em potencial pela destruição do maior ativo social de Santo André, o futebol da cidade.  Os obstáculos criados pela gestão de Paulinho Serra vão destruir o futuro pavimentado pela diretoria do clube que se reconhece incapaz de enfrentar novas configurações do futebol profissional. Aliás, como tantos clubes tradicionais e ainda maiores que o Esporte Clube Santo André reconhecem.   O imperialismo do tucano que envolve um entorno de autoritarismo opressivo não é ambiente que agrade a investidores do futebol.   

 

Santo André vai virar SAF e em

seguida requerer Bruno Daniel 

 DANIEL LIMA - 18/04/2022  

Enquanto a Administração de Paulinho Serra não toma qualquer iniciativa diplomática e mesmo técnica sobre a importância, a emergência e, principalmente, os princípios básicos à concessão do Estádio Bruno Daniel, o Esporte Clube Santo André parece na dianteira.  Resta saber qual vai ser a reação do Paço Municipal. Por enquanto, criam-se dificuldades ao representante do futebol da cidade. Mas há indicações de que vozes ponderadas suplantarão os divisionistas.  O Esporte Clube Santo André mantém tratativas para se transformar em SAF, Sociedade Anônima do Futebol. A documentação deverá estar pronta em duas semanas. Por isso, já se programa a possibilidade de, ao fim desse período, formalizar o pedido de concessão do Estádio Bruno Daniel à Administração Municipal.  A ação está sendo analisada pela direção do clube e tem amplo apoio do grupo preocupado com o futuro do futebol cada vez mais profissionalizado em forma de clube-empresa. O novo modelo já controla inclusive algumas das principais agremiações do País. A iniciativa está conectada ao cronograma de enquadramento legal do Santo André à nova legislação esportiva.    

 

SAF do Santo André: Paulinho

recua. Agora precisa avançar 

 DANIEL LIMA - 20/04/2022  

A melhor notícia do dia no Grande ABC para quem leva em conta que futebol vai muito além das quatro linhas do gramado e que invade a essência de cidadania é que o prefeito Paulinho Serra recuou sobre a decisão de dividir o Santo André.  Onde se lê “prefeito Paulinho Serra” leia-se também o titular do Paço Municipal e o entorno extenso e amplo que o influencia para o bem e para o mal.  Uma notinha na coluna “Cena Política” do Diário do Grande ABC é a senha soberana de que o tucano que ocupa o Paço Municipal há cinco anos e quatro meses deve ter refletido profundamente sobre a barbeiragem que cometeria ao dividir o palco do futebol da cidade, sempre e sempre do Esporte Clube Santo André, com uma pirataria chamada Santo André Futebol Clube. 

 

Alertas e sugestões para a SAF

do Santo André não fracassar 

 DANIEL LIMA - 12/05/2022  

Os associados do Esporte Clube Santo André aprovaram ontem à noite a carta de liberdade para a diretoria executiva preparar o Santo André Sociedade Anônima que tanto se exige para que o maior patrimônio cultural da cidade se robusteça e ganhe impulso na hierarquia do futebol brasileiro, sob pena de virar pó.  Já escrevi tanto sobre a SAF do Santo André que me sinto no direito e na obrigação de produzir uma lista preliminar de recomendações e sugestões. 

 

Balanço dramático da espera do

Santo André pelo Bruno Daniel

 DANIEL LIMA - 19/05/2022

O Esporte Clube Santo André continua à espera da boa-vontade do prefeito Paulinho Serra e do entorno que o controla para avançar no processo de mudança legal na forma jurídica de Santo André Sociedade Anônima. Novos passos precisam ser dados. Vamos deixar uma nova abordagem para nova edição. Agora é hora de o leitor acompanhar a linha do tempo sobre o assunto. 

Até agora como única mídia regional a dar às mudanças no Santo André prioridade que vai muito além dos gramados, CapitalSocial apresenta na sequência breve apanhado dos primeiros trechos de 17 análises que preparamos em defesa da modernização legal e estrutural do Santo André. 

Tudo isso tem como diretriz a prioridade de o Santo André adotar a SAF (Sociedade Anônima do Futebol), nova modelagem jurídico-esportivo que já começa a fazer a diferença no futebol brasileiro, adotada por várias equipes, inclusive entre as principais do ranking, casos de Cruzeiro e Botafogo. São Bernardo Futebol Clube, Água Santa de Diadema e São Caetano já contam com sistema empresarial. E nenhuma dificuldade no uso preferencial dos respectivos estádios. 

 

Santo André pode cair

no submundo do futebol

 DANIEL LIMA - 29/02/2024

O que está em disputar nos dois últimos jogos do Santo André no Campeonato Paulista da Primeira Divisão (Série A-1) é mais que o rebaixamento iminente. Confirmada a queda, e diferentemente de situações análogas do passado de outros rebaixamentos, o Santo André terá muitas dificuldades de escapar do submundo do futebol.

Submundo do futebol é uma rede de curiosos endinheirados e também de pretensos especialistas quando não de arrivistas e muitas vezes de vigaristas que vivem fora do ecossistema desse que é um cobiçado setor econômico internacional. O Santo André está com as chuteiras prestes a mergulhar num lamaçal. Ou então, de submergir por falta de competitividade mesmo entre os poucos competitivos.

Ainda faltam estudos minuciosos sobre quem comanda as equipes de futebol no Brasil nestes tempos de transição de um modelo internacional cada vez mais relacionado a negócios e ações nacionais que são uma autêntica Torre de Babel.  

Quem é quem no futebol brasileiro? Eis uma questão que já deveria ter sido levada adiante, inclusive por autoridades criminais. Mas o futebol é sempre uma válvula de escape de licenciosidades acobertadas por poderosos que vão além das quatro linhas dos campos e das entidades esportivas.

Noves fora todas as possibilidades teóricas que se constroem para desenhar um retrato falado ainda impreciso do que é o futebol brasileiro nestes tempos, caracterizando os grupos em que se dividem as operações em diferentes formas de composição diretiva, é certo que o Santo André viverá um período delicadíssimo caso a queda se confirme, como tende a se confirmar entre outras razões porque o time é dotado de extraordinária incompetência ofensiva.



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