A profissionalização da Anfavea, o Clube das Montadoras de Veículos do Brasil, é mais um exemplo de organização de classe que se moderniza para enfrentamentos macroeconômicos. Há 300 anos defendo a profissionalização do Clube dos Prefeitos. O modelo com que foi concebido não funciona hoje como não funcionou jamais. Virou um circo de vaidades inócuas.
Quando se afirma que algo não funciona é preciso botar no mesmo patamar custos e benefícios. O Clube dos Prefeitos é deficitário praticamente em tudo. O Grande ABC piorou muito nas quatro últimas décadas. O Clube dos Prefeitos foi lançado em dezembro de 1990. É difícil saber se com o Clube dos Prefeitos ou sem o Clube dos Prefeitos o Grande ABC seria pior ou não. Certo mesmo é que o Clube dos Prefeitos não encaminhou praticamente nada no período.
Pior que não funcionar é ser exposto como exemplar desencadeador de frutos. Tudo bobagem. Tudo oportunismo. Regionalidade é muito diferente de regionalizar o poder dos mandachuvas. Nesta temporada aberta com nova leva de prefeitos o que se tem até agora é mais um estágio de embromação. Quando não de enganação. Se bobear, ficaremos ainda piores do que nos tempos políticos e partidários inaugurados por Paulinho Serra. Ele investiu forte na estadualização da ambição pessoal no comando do Clube dos Prefeitos.
FRACASSOS SOBREPOSTOS
Tire um prefeito aqui, tire outro prefeito ali, circunstancialmente tanto um quanto outro, coloque um secretário-executivo aqui, outro ali, tudo circunstancialmente, e se encontra o resultado final. Pífio, enganador, protelador, comprometedor e desrespeitoso. Os contribuintes pagam a conta.
O prefeito dos prefeitos do Grande ABC, Marcelo Lima, poderia aproveitar a ocasião para tomar a decisão de inspirar-se no Clube das Montadoras para alterar o rumo do Clube dos Prefeitos. Uma pena que não vai tomar decisão alguma nesse sentido. O Clube dos Prefeitos, pelo andar da carruagem de politiquíssimos, vai seguir o roteiro de fracassos sobrepostos.
Não pensem os leitores que me sinto feliz, mais uma vez, ao ver o que outras entidades fazem e não encontrar nada que se faça aqui que possa ter sido feito em paralelo. É uma tristeza imensa ver o Clube dos Prefeitos completar 35 anos de passividade.
COMPETENCIA E TEMPO
O presidente-executivo do Clube das Montadora já é diretor-executivo da entidade. Tomará posse em abril. Substituirá o atual titular, egresso das montadoras mais antigas do País -- como os antecessores desde 1956 -- quando o Clube das Montadoras foi criado. Agora há muito mais montadoras associadas e a se associarem. É preciso acabar com privilégios enraizados. Nada melhor que alguém com passado distinto das redes corporativas representadas.
São incontáveis as análises que produzi ao longo dos anos sobre a importância de profissionalizar o Clube dos Prefeitos. O rodizio na ocupação do cargo entre os prefeitos da vez é uma perdição. Gera improdutividades, desperdícios, manipulações, protecionismos individuais e corporativismo da pior espécie.
É algo como trocar de técnico a cada temporada disputada no calendário do futebol. Um Abel Ferreira vencedor no Palmeiras e um Guardiola vencedor no Manchester City não são obra do acaso. É o casamento perfeito entre competência e tempo para produção de resultados. E tudo isso é fruto de planejamento.
Acho que o prefeito dos prefeitos Marcelo Lima, prefeito de São Bernardo, não é a liderança da classe dos políticos da região capaz de introduzir novo modelo à frente da instituição. Não vejo, até prova em contrário, nenhum outro ocupante do Executivo na região com algum talento para a função. E mesmo que exista esse bem-aventurado, a estrutura disfuncional do Clube dos Prefeitos se repetiria como palco de desilusões. Celso Daniel, o brilhante, sentiu isso na pele.
REGIÃO AUTOMOTIVA
Estou analisando com todo o cuidado e liberdade os passos de Marcelo Lima, assim como os demais prefeitos da nova leva que está aí. Parecem irmãos gêmeos institucionais. Nada mais lógico. Estão mesmo de olhos e ouvidos apurados, como as turmas antecessoras, no próprio eleitorado municipal. É questão de sobrevivência.
A transformação do Clube dos Prefeitos no Clube das Montadoras exige desprendimento. Entre os executivos das montadoras que ocuparam o cargo de comandante daquela entidade ao longo dos anos havia natural enriquecimento do currículo pessoal, mas nada que os possibilitasse perder o foco no mercado automotivo.
No caso do Clube dos Prefeitos, o setor automotivo, gênese da economia regional, com influência em larga proporção nas demais atividades, o desconhecimento é total. Basta ver quem Marcelo Lima escalou para o cargo de Secretário de Desenvolvimento Econômico de São Bernardo. Quem não conhece São Bernardo não conhece a região. E tampouco macroeconomia.
PAULINHO SOBERANO
Não tenho tempo hoje para escarafunchar o acervo desta publicação, com 35 anos de história, mas de memória lembro que no começo deste século, quando Willian Dib era prefeito de São Bernardo, e também prefeito dos prefeitos do Clube dos Prefeitos, a contratação da Fundação Getúlio Vargas para fazer um diagnóstico da entidade foi certeira.
Entre as propostas constava a composição de um Conselho dos Prefeitos como instância sacramentadora de políticas econômicas que contariam com a força-tarefa de especialistas.
No caso de replicar no Clube dos Prefeitos o que o Clube das Montadoras vai aperfeiçoar com um presidente-executivo, é claro que serão necessárias algumas adaptações dadas as diferenças e circunstâncias que separam as duas instituições. Mas a essência seria a mesma: é preciso organizar a bagaça para os novos tempos cada vez mais competitivos, como se o passado recente e o passado remoto também não o fossem. Tanto foram que estamos na draga econômica que estamos. Caindo pelas tabelas sem dó nem piedade.
Vou repetir que não nutro qualquer esperança de profissionalização do Clube dos Prefeitos porque o Clube dos Prefeitos está sendo moldado para aperfeiçoar o modelo mais que fracassado deixado pela turma de Paulinho Serra. Como cansei de escrever, Paulinho Serra excedeu a incompetência e o pouco-caso de vários dos prefeitos que o antecederam e fez do Clube dos Prefeitos um Clube dos Amigos Partidários.
Basta ver quem ocupou a secretaria-executiva. Um deles foi um administrador regional do Distrito de Pinheiros, na Capital, cuja intimidade com a economia do Grande ABC é a mesma deste jornalista com os projetos sociais em Bangladesh.
QUEM ABRE MÃO?
Paulinho Serra avacalhou o conceito de regionalidade. Ele e seu grupo de apoiadores confundem regionalidade com poder político de cartas marcadas. Um acinte. Nada indicaria que Marcelo Lima romperia esse processo de engabelação da sociedade. O Clube dos Prefeitos virou palco preferencial de uma orquestração político-partidária com desdobrament0s municipalistas. Ou seria o contrário: políticas partidárias municipalistas subjugam o Clube dos Prefeitos a uma regionalidade mais que fraudulenta?
Que tal abrir mão do poder de comandar o dia a dia do Clube dos Prefeitos em favor de uma equipe de especialistas econômicos, tendo à frente um presidente-executivo com amplos poderes de transformações que não esbarrem em privilégios municipalistas? – eis uma indagação desafiadora ao prefeito Marcelo Lima.
Embora a equação pareça contraproducente do ponto de vista político-eleitoral, o que temos de proposição exposta é mesmo uma baita vantagem aos atuais prefeitos da região. Afinal, teriam à disposição gente da melhor qualidade para reprogramar o futuro do Grande ABC a partir, vejam só, da própria indústria automotiva representada pelo Clube das Montadoras.
Ou alguém acredita que as soluções econômicas e sociais do Grande ABC não passam obrigatoriamente pela indústria automotiva? As montadoras de veículos e as autopeças são a razão de ser o que o Grande ABC é –0u seja, um imenso território dividido estupidamente em sete partes que, para o bem e para o mal, tem de se virar com o que tem de lastro econômico desde que o governo federal decidiu promover o desembarque maciço desse setor industrial.
Estava prestes a fechar essa análise quando, teimoso, decidi dar uma averiguada no acervo desta publicação. Fiz uma busca rápida e veja, logo abaixo, uma das centenas de análises que fiz ao longo dos anos sobre o Clube dos Prefeitos.
Não alterei uma virgula sequer do que escrevi acima. E tampouco abaixo. O leitor vai compreender facilmente o que muitos mandachuvas atuais e séquitos de abutres tentam desvirtuar: o jornalismo que praticamos não tem personalização crítica. O que temos a apresentar, sempre e sempre, são conceitos, propostas, sugestões, ideia e críticas também. Indistintamente. Vamos, então, à analise que vai completar 20 anos em abril próximo?
Consórcio de Prefeitos precisa
definir planejamento estratégico
DANIEL LIMA - 04/04/2005
Então ficamos assim: o Consórcio de Prefeitos do Grande ABC, bajulado sem limites por quem não conhece sua trajetória e sacralizado por quem participou diretamente de sua reticente história, ganha nova concepção, encaixada no figurino recortado pelo Congresso Nacional. Agora, está deixando a quase marginalidade de juridicamente indigesto. A partir de iminente sanção presidencial, saltará para a legalidade regulamentar. Não terá, portanto, novas desculpas para o legado de muita espuma e poucos resultados.
Propositalmente, começamos essa análise do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC com os finalmentes. Ou seja: nada de enfeitar o pavão do modelo que está aí há 15 anos. Os prefeitos que comandam a entidade precisam se debruçar para valer sobre a reestruturação do organismo. Inclusive com a supressão do estrabismo que contempla um comandante a cada temporada e relega os demais ao vazio do anonimato.
O gerenciamento do Consórcio de Prefeitos é equação que não permite desvios em nome de integracionismo que, levado ao paroxismo, em vez de dinamizar, interdita medidas de planejamentos e ações de reconstrução econômica e social do Grande ABC. O jogo de palavras que forma sentenças subjetivas de avanços supostamente compartilhados e progressivos é um disfarce à imobilidade prática do Consórcio de Prefeitos.
TAMANHO DO ROMBO
Para não contra-argumentarem que se trata de frases ocas essas perfurações na crosta da baixa produtividade do Consórcio, basta refletir sobre o tamanho do rombo econômico e social exatamente no período em que a entidade permeou a cena institucional do Grande ABC: entre 1990 e 2004 o Grande ABC perdeu 30% do repasse do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), um dos medidores mais incisivos para detectar o esvaziamento econômico.
Mais um exemplo: a motoniveladora do governo de oito anos de Fernando Henrique Cardoso passou por cima do Grande ABC, retirou dois quintos do Valor Adicionado, espécie de PIB (Produto Interno Bruto) da região e nada de minimamente reativo se deu no cenário regional. O Consórcio de Prefeitos e as demais entidades municipais e regionais badaladíssimas por ufanistas de plantão não tiveram sequer a sensibilidade de organizarem-se para fazer espécie de marcha sobre Brasília, como o MST, entre outros, cansou de promover.
Ou seja, e sem meias palavras: o Consórcio de Prefeitos frustrou as expectativas sobre a fluidez de gerenciamento coletivo e extramunicipal. De todos os prefeitos que passaram pela instituição, salvou-se rigorosamente o titular do Paço Municipal de Santo André durante três mandatos incompletos. Celso Daniel é o nome e o sobrenome de uma regionalidade entrecortada.
JOGO DE CENA
Viveram-se alguns momentos de euforia consistente, mas em larga escala a regionalidade não passou de embarcação deliberadamente condicionada a promover jogo de cena em que se davam petelecos em informações sérias e qualificadas, em nome de um triunfalismo vadio, procrastinador, insubordinado à ética, multiplicador de fanfarronices estatísticas.
Como foi o caso de um executivo da Agência de Desenvolvimento Econômico, João Batista Pamplona. Do alto de títulos universitários, parecia intocável a uma sociedade que se extasiava com acrobacias numéricas de prestidigitação pouco responsável. Acabou defenestrado depois de três anos da mais progressiva, insidiosa e deletéria campanha de dissimulação do estado de derrocada da região.
O Grande ABC continua a viver situações de emergência socioeconômica, por isso não se admitem mais adiamentos de uma obra institucional extraordinariamente importante para a governabilidade regional.
Os sete prefeitos do Grande ABC devem ser a sustentação estratégica, mas não podem continuar a concorrer pelos holofotes que, no sistema de revezamento de mandato de um ano, privilegia quem assume o comando e coloca no ostracismo os demais.
TRAGÉDIA ANUNCIADA
A desmobilização de quem está fora da mídia e da interlocução preferencial em nome da entidade é espécie de tragédia anunciada que se repete insistentemente a cada ano. São 15 temporadas do mesmo roteiro.
Luiz Tortorello, ex-prefeito de São Caetano, foi o exemplo mais emblemático dessa manifestação de comprometimento condicionado à visibilidade. No único exercício em que dirigiu o Consórcio, pôs-se diligentemente a serviço da região. Nos demais mandatos, mal enviava assessores às reuniões.
Outros prefeitos não foram tão descaradamente omissos, mas puxaram o freio de mão o tempo todo quando escanteados pelo estatuto fomentador de individualismo. Celso Daniel foi quem mais jogou o jogo coletivo durante muito tempo no Consórcio. Até o dia em que se descobriu otário e, de imediato, voltou-se à administração preferencial de Santo André.
CONSELHO DE PREFEITOS
Concebendo aos prefeitos algo como funções típicas de Conselho de Administração, metade dos problemas operacionais do Consórcio de Prefeitos estaria resolvido. Eles, os prefeitos, passariam a atuar na retaguarda dos estudos, dos planejamentos, das negociações. Só saltariam para a ribalta, de forma coordenada e coletiva, quando se consumassem decisões. Dividiriam aplausos e multiplicariam sucesso. A outra metade de problemas seria diluída pela efetividade de um executivo que representasse os prefeitos no dia a dia gerencial do Consórcio e mesmo nos contatos com a mídia.
Encontrar esse profissional não é tarefa das mais fáceis. Poderia ser recrutado numa operação mais completa e indispensável: a contratação de uma consultoria privada que tenha contato com o mundo dos negócios e coloque no papel de forma concretamente objetiva um projeto que trace o destino econômico do Grande ABC conectado com as grandes mudanças geopolíticas e econômicas de uma mundialização em que os limites territoriais foram literalmente para o espaço.
A humildade de reconhecer-se insuficientemente competente e liberto de amarras político-partidárias para planejar o Grande ABC dos próximos 20 anos seria um gesto de sabedoria do Consórcio de Prefeitos. A década e meia de uma pauta tão extensa quanto dispersiva precisa catalisar o senso de responsabilidade coletiva para entregar a missão de montar o mosaico de medidas a quem conhece a rapadura do regional sintonizado com o global. Basta para isso seguir critérios de prioridade temática e de racionalidade executiva que, ao longo da história, o enviesamento público-social do Consórcio de Prefeitos negligenciou.
SEMEADURA FÉRTIL
O novo grupo à frente do Consórcio de Prefeitos encontra terreno fértil para semeaduras à posteridade.
Primeiro, o projeto de reformulação estatutária e funcional encomendado à Fundação Getúlio Vargas reúne massa crítica suficiente para estimular mudanças. A logomarca daquela instituição de ensino desencadeia questionamentos internos das atividades do Consórcio. Na maioria dos casos não se trata de novidades, mas, transmitidos com chancela acadêmica, ganham foro irrefutável.
Segundo, porque o Congresso Nacional garante a legalidade de consórcio entre municípios, retirando, portanto, as ações pioneiras do Grande ABC do limbo da quase pirataria.
A contratação de uma empresa privada especializada em planejamento estratégico é oportunidade para não ser desperdiçada. Nem pensar em algo semelhante ao que José Serra perpetra na capital, onde o governo Marta Suplicy deixou esquadrinhada a Zona Leste de mais de 3,5 milhões de habitantes. Pelo andar da carruagem de rusgas partidárias, tudo vai virar pó porque as digitais da petista estariam indelevelmente impressas em cada obra.
PRESIDENCIALISMO NOCIVO
Nesse ponto, a fragmentação político-administrativa do Grande ABC serve de garantia mínima de longevidade do planejamento estratégico porque dificilmente se daria qualquer conotação partidária específica. Na exata medida em que o Consórcio de Prefeitos instalar no banco de reservas de inutilidades o presidencialismo de revezamento, consolidando-se a proposta do Conselho de Administração, mais o sentimento de regionalidade será fortalecido.
Embora o desempenho do Consórcio de Prefeitos tenha patrocinado mais foguetório do que obras, o pioneirismo cristaliza-se como fator positivo. Por mais que tenha patinado na busca de soluções ou mesmo na disputa ensandecida para esconder os problemas regionais que o tempo tratou de escancarar, não se jogam 15 anos no lixo. Sobretudo porque há acúmulo de erros e acertos que, devidamente observado, queima etapas na perspectiva de um Consórcio de Prefeitos interlocutor de nova experiência metropolitana, no caso a Agência preparada pelo governo do Estado.
AMADURECIMENTO
Não é engano entender que há paradoxo em toda essa situação, consolidado no contexto avaliativo de que o Consórcio de Prefeitos se comportou de forma muito aquém dos pressupostos de pragmatismo que o caos social e as vicissitudes econômicas exigiram na última década e meia e, mesmo assim, se apresenta como referência do protagonismo do Grande ABC no amplo
jogo da metropolização organizada. De fato, a interpretação pode parecer inconsistente.
Entretanto, a lógica da vantagem regional está exatamente na percepção de que todo o cipoal de equívocos minimizados a pretexto do dogma do positivismo a qualquer custo acabou por ser tornar patético. Em suma, o Grande ABC está inequivocamente muito mais maduro para o jogo da regionalidade e da metropolização, entre outros motivos, porque aprendeu com a própria dor.
É claro que o novo formato institucional do Consórcio de Prefeitos também haverá de reservar espaço para representantes da comunidade regional que tenham de fato a colaborar. Uma espécie de Conselho Consultivo com suprimentos de análise ao Conselho de Administração é instância elementar no organograma.
QUALIFICAÇÃO
Entretanto, não pode estar submetido a desvios tradicionais de notoriedade em vez de notabilidade. De pouco adiantam nomes estrelados sem a correspondente participação. Critérios de qualificação técnico-intelectual e de assiduidade são o melhor armamento para metralhar quem pretende se locupletar com o brilho de logomarcas institucionais diversas.
Isso significa que a transitoriedade dos integrantes do Conselho Consultivo será proporcional ao grau de participação dos representantes da comunidade. Além de as escolhas levarem em conta o histórico pessoal de eventuais candidatos às vagas, o equilíbrio entre representantes governamentais, econômicos e sociais deve prevalecer.
Como está atrasadíssimo na formulação de diagnóstico independente do planejamento estratégico econômico regional, eixo sobre o qual deveriam girar todas as demais iniciativas, o Consórcio de Prefeitos provavelmente sofrerá alguns contratempos para dar dinamismo à cronologia e acertar uma forma diretiva que elimine a individualidade temporária de um presidencialismo manquitola e, ao mesmo tempo, construa representatividade sólida da sociedade regional.
Cada dia que passa sem que se convença de que só será útil na medida em que saiba exatamente o que é mais importante para o Grande ABC em estágios que alcancem os próximos 20 anos, mais o Consórcio de Prefeitos e os municípios do Grande ABC estarão reprovados pela globalização, embora possa pontuar no ambiente provincial de uma metrópole imprevidente.